Longe de ter fracassado, geração que chegou à final de 1993 despontou o clube para o cenário nacional
Naquela quarta-feira de novembro, o narrador Juracy Santos, do
Telesportes, não soltaria o gogó para narrar mais um gol apenas.
Impiedoso como Chuck, o atacante Alex Alves saiu em velocidade da
intermediária do seu campo, catou quatro adversários e fuzilou na saída
do goleiro. Além de simplesmente descrever o lance, Juracy ainda fez uma
exigência.
- Golaço! Golaço! É do Leão! É do Leão! Levou o time todo do Corinthians! Erga-se uma estátua! Erga-se uma estátua! 
A estátua nunca seria erguida, mas, ainda assim, o mais épico capítulo
da trajetória do Vitória, em 1993, jamais será apagado. O gol de Alex
contra o até então invicto Corinthians, no Campeonato Brasileiro daquele
ano, é considerado por muitos o mais bonito da história da Fonte Nova.
Longe de ser o único feito heroico da equipe, que ficou conhecida,
nacionalmente, como Brinquedo Assassino.
Há 20 anos que o time de garotos das divisões de base, mesclados com alguns jogadores experientes, encantou o Brasil e atropelou potências do futebol brasileiro. Além do Timão, o Chuck rubro-negro apunhalou Flamengo e Santos, chegando às finais com o poderoso Palmeiras - o jogo decisivo aconteceu dia 12 de dezembro.
Os rubro-negros mais jovens podem enxergar naquela uma geração perdedora. Mas, a Juventude Cara-Pintada, como também era chamada, mudou a história do clube. A partir dali, o Vitória despontou no cenário nacional e mundial. “A lembrança que eu tenho é de transformação do clube. A partir dali, o Vitória se tornou referência de revelação de jogadores e melhorou sua estrutura”, diz o ex-zagueiro João Marcelo.
“Não houve fracasso. Poucos acreditavam na gente. Foi tudo muito mágico. Participamos daquilo com orgulho e isso não pode passar em branco”, diz Paulo Isidoro, buliçoso meio de campo do Brinquedo. Além de Isidoro, Dida, Rodrigo e Alex Alves surgiram das divisões de base. E na reserva, recém-revelados, ainda tinham Vampeta e Giuliano. O que mais chamava a atenção era a simplicidade, tanto na forma de jogar quanto financeira. Reportagem do Jornal Nacional, na véspera da decisão, mostrava que a soma do que recebiam por mês os 24 jogadores do elenco não pagava o salário de Edmundo. Na época, o craque do Palmeiras ganhava US$ 30 mil - mais de 8 milhões de cruzeiros reais.
“A geladeira lá de casa tava estragada e dei uma de presente a minha mãe. Agora meu sonho é dar uma casa”, dizia o próprio Alex, que morreu esse ano vítima de uma doença rara. “Depois do treino a gente tinha que subir um morro de barro a pé. Mas nunca vou esquecer daquela campanha. Guardo no coração”, diz o ex-capitão Roberto Cavalo. O futebol chamava a atenção pela rapidez e ousadia, semelhante ao que fez a trupe de Ney Franco este ano. Jogando sempre pra cima e apostando em contra-ataques mortais, o Vitória de 1993 foi o time que mais marcou gols no campeonato: 39 no total.
Há 20 anos que o time de garotos das divisões de base, mesclados com alguns jogadores experientes, encantou o Brasil e atropelou potências do futebol brasileiro. Além do Timão, o Chuck rubro-negro apunhalou Flamengo e Santos, chegando às finais com o poderoso Palmeiras - o jogo decisivo aconteceu dia 12 de dezembro.
Os rubro-negros mais jovens podem enxergar naquela uma geração perdedora. Mas, a Juventude Cara-Pintada, como também era chamada, mudou a história do clube. A partir dali, o Vitória despontou no cenário nacional e mundial. “A lembrança que eu tenho é de transformação do clube. A partir dali, o Vitória se tornou referência de revelação de jogadores e melhorou sua estrutura”, diz o ex-zagueiro João Marcelo.
“Não houve fracasso. Poucos acreditavam na gente. Foi tudo muito mágico. Participamos daquilo com orgulho e isso não pode passar em branco”, diz Paulo Isidoro, buliçoso meio de campo do Brinquedo. Além de Isidoro, Dida, Rodrigo e Alex Alves surgiram das divisões de base. E na reserva, recém-revelados, ainda tinham Vampeta e Giuliano. O que mais chamava a atenção era a simplicidade, tanto na forma de jogar quanto financeira. Reportagem do Jornal Nacional, na véspera da decisão, mostrava que a soma do que recebiam por mês os 24 jogadores do elenco não pagava o salário de Edmundo. Na época, o craque do Palmeiras ganhava US$ 30 mil - mais de 8 milhões de cruzeiros reais.
“A geladeira lá de casa tava estragada e dei uma de presente a minha mãe. Agora meu sonho é dar uma casa”, dizia o próprio Alex, que morreu esse ano vítima de uma doença rara. “Depois do treino a gente tinha que subir um morro de barro a pé. Mas nunca vou esquecer daquela campanha. Guardo no coração”, diz o ex-capitão Roberto Cavalo. O futebol chamava a atenção pela rapidez e ousadia, semelhante ao que fez a trupe de Ney Franco este ano. Jogando sempre pra cima e apostando em contra-ataques mortais, o Vitória de 1993 foi o time que mais marcou gols no campeonato: 39 no total.
Nenhum comentário:
Postar um comentário