O Botafogo anunciou na manhã desta quinta-feira a parceria
com a Telexfree. A empresa americana teve suas operações bloqueadas
judicialmente no Brasil em 2013 após ser denunciada pelo Ministério Público do
Acre (MP-AC) por suspeita de atuar sob esquema de pirâmide financeira. Ela
estampará sua logomarca na barra frontal e no peito do uniforme alvinegro. O
valor do patrocínio, que terá duração de um ano, não foi divulgado.
O
contrato assinado em Miami, nos Estados Unidos, contou
com a presença do diretor comercial Ayrton Mandarino e com a diretora
jurídica
Joana Prado, em vídeo produzido e divulgado pela Telexfree, que pretende
vender
no Brasil a telefonia VOIP - chamadas telefônicas realizadas dentro de
uma rede de dados IP (internet ou rede interna), reduzindo os gastos.
Mas na apresentação do patrocínio, em General
Severiano, o clube mostrou não temer a associação de sua imagem à
empresa,
garantindo que o acordo foi selado sem qualquer irregularidade.
- Acompanhamos tudo o que saiu na imprensa, mas é uma
empresa legalizada pela Anatel e, por isso, pronta para operar no país. Estamos
muito orgulhosos dessa parceria e felizes com a confiança depositada no
Botafogo. As remessas de recursos da Telexfree serão feitas por trâmites
legais. Em hipótese alguma faríamos diferente numa questão delicada como essa.
São procedimentos corriqueiros em operações comerciais, mas pouco comuns no
futebol - explicou o diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau.
Diretor de tecnologia da Telexfree, o brasileiro Carlos
Wazeler procurou, em seu discurso, desassociar a matriz americana da empresa
brasileira Ympactus Comercial Ltda. ME, representante da Telexfree no Brasil e
alvo de investigação do Ministério Público do Acre.
- O acordo com o Botafogo foi fechado com a Telexfree
internacional, não tem nada a ver com a Ympactus no momento. Acho uma covardia
não termos a oportunidade de dizer quem é a empresa. Acredito na Justiça
brasileira, e vamos resolver isso em pouco tempo.
Os
representantes da Telexfree também mostraram-se pouco preocupados com o
fato de a empresa patrocinar um clube brasileiro mesmo sem ter o direito
de operar no país.
- A Telexfree opera no mundo inteiro,
somente no Brasil é que ainda não. O Botafogo está no mundo inteiro -
disse Carlos Wazeler.
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