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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O sentido da vida segundo...


Romário

Um dos deputados federais mais combativos, fala sobre a roubalheira na cbf, conta que quer ser prefeito do Rio de Janeiro, explica por que não há mais jogadores polêmicos e revela: já transou no vestiário do estádio em Brasília.
  Como você decidiu que iria ser político?
Na verdade, só quando acabou a eleição é que caiu a ficha. Pensei: "Vou ser político, fui eleito, quase 160 mil pessoas acreditaram nas coisas que eu falei, e agora eu tenho que cumprir isso". Como a política é o segmento da sociedade mais corrupto que existe no mundo todo, e no Brasil isso não seria diferente, passou pela minha cabeça que essa decisão poderia me fazer perder um pouco da idolatria que tinha conseguido com o futebol. Hoje, três anos depois, posso te assegurar que eu sou muito mais ídolo do que antes, tanto pelas conquistas como jogador, como pela política combativa que estou fazendo. É o que o povo esperava daquele Romário, que sempre disse o que tinha vontade.

Qual sua expectativa para a CPI da CBF?
Eu espero que ela seja realmente aberta, né? Oficialmente, depois de alguns pedidos para o presidente da Casa (Henrique Eduardo Alves, do PMDB-RN), ele me respondeu que no momento há outras CPIs em andamento e que a abertura da minha ainda não seria possível. Eu agradeci, mas disse que estou na fila e que vou ficar perturbando ele toda semana até o final do mandato, porque acredito que é com essa CPI que vamos conseguir moralizar o futebol. Tudo o que foi feito de errado nas administrações anteriores virá à tona, além de todos os erros da atual administração, e o povo vai conhecer finalmente o que acontece hoje na maior instituição do futebol brasileiro, infelizmente, a mais corrupta.

O que o Ricardo Teixeira e o José Maria Marin...
(Interrompe) Têm em comum? Eles são dois ladrões e tinham que ser presos. O que o Ricardo Teixeira representou para o seu mandato, no começo, é 100% diferente do que ele fez nos últimos anos. Ele é um cara que fez com que o futebol brasileiro fosse visto por todo o mundo como um futebol corrupto, um futebol cujos dirigentes, no caso da CBF, se enriqueceram ilicitamente. E, infelizmente, esse cara hoje (José Maria Marin, atual presidente da Confederação) consegue fazer tudo muito pior que o Ricardo Teixeira, porque o Ricardo pelo menos começou bem. Eu até achei que o Marin ia começar bem. Ele esteve aqui, chorou, me abraçou, pediu ajuda e eu me coloquei à disposição, mas um mês depois eu vi que o objetivo era o mesmo: enriquecer, ele e o Marco Polo del Nero (presidente da Federação Paulista de Futebol e vicepresidente da CBF). São pessoas que fazem muito mal ao futebol. Como você decidiu que iria ser político?
Na verdade, só quando acabou a eleição é que caiu a ficha. Pensei: "Vou ser político, fui eleito, quase 160 mil pessoas acreditaram nas coisas que eu falei, e agora eu tenho que cumprir isso". Como a política é o segmento da sociedade mais corrupto que existe no mundo todo, e no Brasil isso não seria diferente, passou pela minha cabeça que essa decisão poderia me fazer perder um pouco da idolatria que tinha conseguido com o futebol. Hoje, três anos depois, posso te assegurar que eu sou muito mais ídolo do que antes, tanto pelas conquistas como jogador, como pela política combativa que estou fazendo. É o que o povo esperava daquele Romário, que sempre disse o que tinha vontade.

Qual sua expectativa para a CPI da CBF?
Eu espero que ela seja realmente aberta, né? Oficialmente, depois de alguns pedidos para o presidente da Casa (Henrique Eduardo Alves, do PMDB-RN), ele me respondeu que no momento há outras CPIs em andamento e que a abertura da minha ainda não seria possível. Eu agradeci, mas disse que estou na fila e que vou ficar perturbando ele toda semana até o final do mandato, porque acredito que é com essa CPI que vamos conseguir moralizar o futebol. Tudo o que foi feito de errado nas administrações anteriores virá à tona, além de todos os erros da atual administração, e o povo vai conhecer finalmente o que acontece hoje na maior instituição do futebol brasileiro, infelizmente, a mais corrupta.

O Pelé falou pra população esquecer os protestos e voltar a apoiar a seleção...
O Pelé foi muito infeliz nisso, né? Muitas manifestações contrárias a essa posição dele foram feitas. Eu concordo com todas. Você acha que a seleção finalmente entrou nos trilhos?
Depois do título da Copa das Confederações, na minha opinião, a seleção se credenciou pra ser um dos prováveis campeões da Copa do Mundo. Se você me perguntasse isso antes, eu diria que não. Hoje, Brasil, Espanha, Alemanha e Argentina são os favoritos.

Um jogador de destaque, como você foi, pode ter privilégio sobre os outros?
Deve! Principalmente no que se refere a salário. O Neymar, por exemplo, tem que ter esse privilégio de ganhar mais. É claro que o futebol agora é muito profissional, então não pode afetar o relacionamento com o grupo. É diferente da minha época. Às vezes eu treinava menos que os outros, eu não estava sempre na concentração como todo mundo e de vez em quando eu não viajava no mesmo dia do restante do clube, mas acho que esse tipo de privilégio, hoje, eu falo hoje, não cabe mais no futebol. Eu tinha privilégios, mas os caras confiavam em mim. No Flamengo, teve uma época em que o meu apelido era "dinheiro", porque eles sabiam que meu gol ia dar a eles o bicho, o prêmio. A condição era: "Faz o que tu quer, mas quando chegar a bola tu bota pra dentro", e era o que eu fazia.

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